domingo, abril 12, 2009

SEXTA-FEIRA SANTA

SEXTA-FEIRA SANTA – Celebra-se a Paixão e morte de Jesus Cristo. Neste dia em que Cristo nossa Páscoa foi imolada, torna-se clara realidade o que desde há muito havia sido prenunciado em figura e mistério: a ovelha verdadeira substitui a ovelha figurativa, e mediante a um único sacrifício, o sacrifício de Jesus Cristo pregado em uma cruz, morrendo, destruiu a nossa morte e ressuscitado, restaurou a nossa vida. Ao contemplar Cristo na cruz a Igreja comemora o seu próprio nascimento e sua missão de estender a todos os povos os edificantes efeitos da Paixão de Cristo. Neste dia não se celebra nenhuma missa, mas é distribuída a comunhão., que significa a certeza de Cristo vivo e solidário em nosso sofrimento.
Sexta-feira SantaNomes antigos:
Um dos primeiros nomes da Sexta-feira Santa foi: Parasceve, que era o nome do dia de preparação para a Páscoa dos judeus; segundo os evangelhos, nesse dia é que, Jesus foi crucificado. Tertuliano dava-lhe, no século III, o nome de Dies Paschae, Dia da Páscoa. No século IV, Sto. Ambrósio chamava essa sexta-feira de Díes amaritúdinis: Dia da amargura. Ainda agora é chamada também de Sexta-feira Maior. Desde os tempos primitivos do cristianismo, nesse dia não se celebrava a eucaristia. Havia apenas leituras e orações. As cerimônias litúrgicas desse dia trazem ainda a marca de uma antiguidade muito grande. É composta de três partes: 1) Leituras e orações:
A liturgia começa diretamente com leituras dos profetas, cantos e a leitura dialogada da Paixão. Há depois uma série de orações solenes pelas necessidades da Igreja e do mundo. A tradição dessas orações, abandonada no século VI, foi retomada pela nova liturgia depois do Concílio Vaticano II, que introduziu em todas as missas as assim chamadas “orações dos fiéis” ou “Oração da Comunidade”. 2) Adoração da Cruz:
Desde logo é preciso fazer um esclarecimento: Aqui a palavra “adoração” significa apenas veneração solene. Adoração, no sentido próprio, pode ser prestada só a Deus. A cerimônia da Adoração da Cruz, teve origem em Jerusalém, no século IV, depois que Constantino encontrou as relíquias da Cruz do Salvador. Aos poucos a cerimônia foi sendo adotada também por outras cidades onde havia relíquias da Cruz. Mais tarde, foi assumida por todas as Igrejas. Prestando uma veneração especial à Cruz ou ao Crucifixo, manifestamos nossa fé no Cristo Redentor, que nos salvou por sua morte. Adorando a cruz, é de fato ao Cristo que adoramos, reconhecendo nele o Filho de Deus Encarnado e oferecido em sacrifício por nós. 3) Comunhão:
Desde os tempos mais antigos foi costume não celebrar a Missa na Sexta-feira Santa. Geralmente a explicação dada é que assim a Igreja quer manifestar seu luto pela morte do Salvador. Até o século VIII não havia nem mesmo a comunhão, que só aos poucos foi introduzida na liturgia do dia. Em l622, foi proibida a comunhão dos fiéis. Isso continuou até os nossos dias, quando foi reintroduzida.