segunda-feira, abril 13, 2009

VIGILIA PASCAL - CELEBRAÇÃO

Vigília Pascal "Segundo uma antiqüíssima tradição, esta é a noite de vigília em honra do Senhor (Ex 12, 42). Os fiéis, tal como recomenda o evangelho (Lc 12, 35-36), devem assemelhar-se aos criados, que com as lâmpadas acesas nas mãos, esperam o retorno do seu senhor, para que quando este chegue os encontre velando e os convide a sentar à sua mesa" (Missal Romano, pg 275). Esta Noite Pascal tem, como toda celebração litúrgica duas partes centrais:
- A Palavra: Nesta celebração as leituras são mais numerosas (nove, ao invés das duas ou três habituais). - O Sacramento: Esta noite, depois do caminho quaresmal e do catecumenato, celebra-se, antes da Eucaristia, os sacramentos da iniciação cristã: o Batismo e a Crisma. Assim, os dois momentos centrais se revestem de um acento especial: se proclama na Palavra a salvação que Deus oferece à humanidade, atingindo o ápice com o anúncio da ressurreição do Senhor. E logo celebra-se sacramentalmente esta mesma salvação, com os sacramentos do Bastismo, da Crisma e da Eucaristia. A tudo isso também antecede um especial rito de entrada constando do rito da luz, que brilha em meio à noite, e o pregão Pascal, lírico e solene.
A Páscoa do Senhor, nossa Páscoa Todos estes elementos especiais da Vigilia querem ressaltar o conteúdo fundamental da Noite: a Páscoa do Senhor, a sua passagem da Morte à Vida. A oração ao início das leituras do Novo Testamento, invoca a Deus, que "ilumina esta noite santa com a gloria da ressurreição do Senhor". Nesta noite, com mais razão que em nenhum outro momento, a Igreja louva a Deus porque "Cristo, nossa Páscoa, foi imolado". (Prefácio I de Páscoa). Porém a Páscoa de Cristo é também a nossa Páscoa: "na morte de Cristo nossa morte foi vencida e em sua ressurreição ressuscitamos todos" (Prefácio II de Páscoa). A comunidade cristã se sente integrada, "contemporânea da Passagem de Cristo através da morte à vida". Ela mesma renasce e goza na "nova vida que nasce destes sacramentos pascais" (oração sobre as ofertas da Vigilia): pelo Batismo se submerge com Cristo em sua Páscoa, pela Confirmação recebe também ela o Espírito de Vida, e na Eucaristia participa do Corpo e Sangue de Cristo, como memorial de sua morte e ressurreição. Os textos, orações, cantos todos apontam a esta gozosa experiência da Igreja unida ao seu Senhor, centralizada nos sacramentos pascais. Esta é a melhor chave para a espiritualidade cristã, que deve centralizar-se mais que na contemplação das dores de Jesus (a espiritualidade da Sexta-feira Santa é a mais fácil de assimilar), na comunhão com o Ressuscitado dentre os mortos.
Cristo, ressuscitando, venceu a morte. Este é na verdade "o dia que o Senhor fez para nós". O fundamento de nossa fé. A experiência decisiva de que a Igreja, como Esposa unida ao Esposo, recorda e vive a cada ano renovando sua comunhão com Ele, na Palavra e nos Sacramentos desta Noite.
Luz de Cristo O fogo novo é abençoado em silêncio, depois, toma parte do carvão abençoado e colocado no turíbulo, coloca-se então o incenso e se incensa o fogo três vezes. Mediante este rito singelo a Igreja reconhece a dignidade da criação que o Senhor resgata. A cera, por sua vez, é agora uma criatura renovada. Devolver-se-á ao círio o sagrado papel de significar ante os olhos do mundo a glória de Cristo Ressuscitado. Por isso se grava em primeiro lugar a cruz no círio. A cruz de Cristo devolve à cada coisa seu sentido. Por isso o Cânon Romano diz: "Por Ele (Cristo) segue criando todos os bens, os santificas, os enche de vida, os abençoas e repartes entre nós". Ao gravar na cruz as letras gregas Alfa e Ômega e as cifras do ano em curso, o celebrante proclama: "Cristo ontem e hoje, Princípio e Fim, Alfa e Ômega. Dele é o tempo. E a eternidade. A ele a glória e o poder. Pelos séculos dos séculos. Amém". Assim expressa com gestos e palavras toda a doutrina do império de Cristo sobre o cosmos, exposta em São Paulo. Nada escapa da Redenção do Senhor, e tudo, homens, coisas e tempo estão sob sua potestade. O Círio é decorado com grãos de Incenso, que segundo uma tradição muito antiga, que passaram a significar simbolicamente as cinco chagas de Cristo: "Por tuas chagas santas e gloriosas nos proteja e nos guarde Jesus Cristo nosso Senhor". O celebrante termina acendendo o fogo novo, dizendo: "A luz de Cristo, que ressuscita glorioso, dissipe as trevas do coração do e do espírito". Após acender o círio que representa Cristo, a coluna de fogo e de luz que nos guia através das trevas e nos indica o caminho à terra prometida, avança a procissão dos ministros. Enquanto a comunidade acende as suas velas no Círio recém aceso se escuta cantar três vezes: "Luz de Cristo". Estas experiências devem ser vividas com uma alma de criança, singela mas vibrante, para estar em condições de entrar na mentalidade da Igreja neste momento de júbilo. O mundo conhece demasiado bem as trevas que envolvem a sua terra em desgraça e tormento. Porém, nesta hora, pode-se dizer que sua desventura atraiu a misericórdia e que o Senhor quer invadir a toda realidade com torrentes de sua luz. Já os profetas haviam prometido a luz: "O Povo que caminha em meio às trevas viu uma grande luz", escreve Isaías (Is 9,1; 42,7; 49,9). Esta luz que amanhecerá sobre a Nova Jerusalém (Is 60,1ss.) será o próprio Deus vivo, que iluminará aos seus e seu Servo será a luz das nações (Is 42,6; 49,6). O catecúmeno que participa desta celebração da luz sabe por experiência própria que desde seu nascimento está em meio às trevas; mas tem o conhecimento de que Deus o chamou para sair das trevas e a entrar em sua luz maravilhosa" (1 Pd 2,9). Dentro de uns momentos, na pia batismal, "Cristo será sua luz" (Ef 5, 14). Passará das trevas à "luz no Senhor" (Ef 5,8). O Pregão Pascal ou "Exultet" Este hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da Páscoa, alegria do céu, da terra, da Igreja, da assembléia dos cristãos. Esta alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas. Em seguida é proclamada a grande Ação de Graças. Seu tema é a história da salvação resumida pelo poema. Uma terceira parte consiste em uma oração pela paz, pela Igreja por suas autoridades e seus fiéis, pelos governantes das nações, para que todos cheguem à pátria celestial. A liturgia da Palavra Nesta noite a comunidade cristã se detém mais do que o normal na proclamação da Palavra. Tanto o Antigo como o Novo Testamento falam de Cristo e iluminam a História da Salvação e o sentido dos sacramentos pascais. Há um diálogo entre Deus que se dirige ao seu Povo (as leituras) e o Povo que Lhe responde (Salmos e orações). A leituras da Vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave é a que nos deu o próprio Cristo: "...e começando por Moisés e por todos os profetas, os interpretou (aos discípulos de Emaús) em todas as Escrituras o que a ele dizia respeito"(Lc 24, 27). Leituras do Antigo Testamento Primeira leitura: Gn 1,1-2,2 ou 1,1.26-31a - Viu Deus que tudo o que tinha feito era bom. Segunda leitura: Gn 22,1-18 ou 1-2.9a.10-13.15-1 O sacrificio de Abraão, nosso pai na fé. Terceira leitura Ex 14-15,1 - Os israelitas cruzaram o mar Vermelho. Quarta leitura: Is 54,5-14 - Com misericordia eterna te ama o Senhor, teu redentor. Quinta leitura: Is 55, 1-11 - Vinde a mim, e vivereis; firmarei convosco uma aliança perpétua. Sexta leitura: Br 3,9-15.32-4,4 - Caminhai na claridade do resplendor do Senhor. Sétima leitura: Ez 36.16-28 - Derramarei sobre vós uma água pura, y vos darei um coração novo. É importante destacar esta passagem ao Novo Testamento: o Missal indica neste momento diversos símbolos, tais como a decoração do altar (luzes, flores), o canto do Glória e a aclamação do Aleluia antes do Evangelho. Também se ilumina de maneira mais plena a Igreja, já que durante as leituras do Antigo Testamento deve estar iluminada de maneira discreta.Sobretudo o evangelho, tomado de um dos três sinóticos, de acordo com o Ciclo, é o que deve destacar-se: se trata do cumprimento de todas as profecias e figuras, proclama a Ressurreição do Senhor. Leituras do Novo Testamento Primeira leitura: Rm 6,3-11 - Cristo, uma vez ressuscitado dentre os mortos, já não morre. Evangelho CICLO A: Mt 28.1-10 - Ressuscitou e vos precede em Galiléia.CICLO B: Mc 16, 1-17 - Jesus de Nazaré, o que foi crucificado, ressuscitou.CICLO C: Lc 24.1-12 - Por que buscam entre os mortos aquele que está vivo. A liturgia batismal A noite de Páscoa é o momento no qual tem mais sentido celebrar os sacramentos da iniciação cristã. Depois de um caminho pelo catecumenato (pessoal, se é que se trata de adultos e da família, para as crianças, e sempre nos diz respeito, da comunidade cristã inteira), o símbolo da água -a imersão, o banho- busca ser a expressão sacramental de como uma pessoa se incorpora a Cristo na sua passagem da morte à vida. Como diz o Missal, se é que se trata de adultos, esta noite é quando tem pleno sentido que além do Batismo também se celebre a Confirmação, para que o neófito se integre plenamente à comunidade eucarística. O sacerdote que preside nesta noite tem a faculdade de conferir também a Confirmação, para fazer visível a unidade dos sacramentos de iniciação. A celebração consta dos seguintes elementos: A ladainha dos santos (se ocorre um batizado), de acordo com a sugestão do Missal; A bênção da água trata sobretudo de bendizer a Deus por tudo o que fez por meio da água ao longo da História da Salvação (desde a criação e a passagem pelo Mar Vermelho até o Batismo de Jesus no Jordão), implorando-lhe que hoje também este sinal atualize o Espírito de vida sobre os batizados; o Batismo e a Confirmação sengundo seus próprios rituais; a renovação das promessas batismais, se não se realizou a celebração do Batismo, (do contrário já a realizaram junto com os batizados e seus padrinhos). Trata-se de que todos participem conscientemente tanto da renúncia como da profissão de fé; a sinal da aspersão, com um canto batismal, como recordação plástica do próprio Batismo. Este sinal pode se repetir todos os domingos do Tempo Pascal, ao início da Eucaristia;a Oração universal ou oração dos fiéis, que é o exercício, por parte da comunidade, do seu sacerdócio batismal intercedendo perante Deus por toda a Humanidade. A Eucaristia A celebração Eucarística é o ápice da Noite Pascal. É a Eucaristía central de todo o ano, mais importante que a do Natal ou da Quinta-feira Santa. Cristo, o Senhor Ressuscitado, nos faz participar do seu Corpo e do seu sangue, como memorial da sua Páscoa.É o ponto mais importante da celebração.

ENSAIO FINAL PARA A CELEBRAÇÃO DA VIGILIA PASCAL

Fico muito feliz com as pedras preciosas que Deus me dá.
Ele coloca em minha vida pedras que se deixam lapidar, que não se importam em serem moldadas e assim tudo fica mais facil.
Obrigado pedras valiosas!!!

FOTOS DA PROCISSÃO DO SENHOR MORTO

QUANDO CONDENARAM JESUS E O OBRIGARAM A CARREGAR A CRUZ...
ONDE ESTAVAM OS SEUS AMIGOS?
ELE CUROU O CEGO..
E O CEGO NÃO O AJUDOU!
ELE CUROU O ENFERMO...
QUE NÃO ESTAVA LÁ!
ELE RESSUSCITOU MORTOS...
QUE TAMBÉM NÃO ESTAVAM LÁ!
ELE TRANSFORMOU SIMPLES PESCADORES DE PEIXE EM PESCADORES DE HOMENS.
UM O TRAIU...
E O OUTRO O NEGOU...
MAS OS OUTROS?
ONDE ESTAVAM?
ONDE ESTAVA AQUELA MULTIDÃO QUE O SEGUIA?
ONDE ESTAVA TODO AQUELE POVO QUE ELE SACIOU A FOME, MULTIPLICANDO O PÃO E O PEIXE?
ONDE ESTAVA AQUELE LEPROSO QUE FOI CURADO?
AQUELE ALEIJADO
AQUELE POSSUIDO
AQUELE SURDO
AQUELE MUDO
ONDE TODOS ESTAVAM?

PROCISSÃO DO SENHOR MORTO

A união de duas Paróquias levou para as ruas centenas de pessoas. Nas mãos os fiéis levaram velas acesas que juntas formavam um caminho de luz. A razão pela qual tantas pessoas de colocaram em procissão, não se sabe ao certo. Há pessoas que seguem preceitos, que fazem por fazer e outras que são movidos pela fé. O que causa indignação é fato de as celebrações Litúrgicas, onde Cristo se faz presente de forma viva e concreta não reunir tantas pessoas, quanto a procissão do Senhor Morto. O fato é que seja qual for o motivo, todos estavam ali. E quem sabe esta procissão seja o inicio, para muitos, de uma vida comprometida com Cristo e sua Igreja.
Como foi bom participar com fé e devoção desta procissão, como foi bom ver tantos amigos de nossa Paróquia!